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domingo, 30 de maio de 2010

Mesquita - Uma História

Mesquita

Mesquita é um município brasileiro do estado do Rio de Janeiro, emancipado de Nova Iguaçu. Sua população, constituída basicamente de classe média, está estimada em cerca de 190.056 habitantes.[2] O nome Mesquita é uma referência ao Barão de Mesquita, proprietário das fazendas que hoje constituem a região central do município. Mesquita conquistou sua emancipação no final da década de 1990, sendo o município mais recente da Baixada Fluminense. Faz parte da Região Metropolitana do Rio de Janeiro.
História
Há cerca de 500 anos, a região de Mesquita era habitada por jacutingas, apelido dado aos índios locais pelos colonizadores. Acredita-se que o nome possivelmente surgiu porque se enfeitavam com penas de jacu branco, um tipo de ave parecida com a galinha e muito comum na região naquela época.
A decadência dos jacutingas começou quando passaram a participar, junto com outras nações indígenas, de um movimento chamado Confederação dos Tamoios. O motivo deste movimento foi a revolta dos silvícolas diante da ação violenta dos portugueses, provocando mortes e escravidão.
Na língua do Tupinambás “Tamuya” quer dizer o avô, o mais velho, o mais antigo, por isso essa Confederação de chefes chamou-se Confederação dos Tamuya, que os portugueses transformaram em Confederação dos Tamoios.
A guerra entre índios e portugueses, seguida de doenças, contraídas pelo contato com o branco, dizimou centenas de índios, que lutaram para resistir à escravidão. O bairro de Jacutinga é o único em toda a Baixada Fluminense que ainda preserva a memória dos valorosos indígenas.
Fazendo uma viagem de volta ao tempo descobriremos que as terras já foram verdes, laranjas. Verde dos canaviais, depois a cor que passou a predominar foi a dos laranjais. Por volta de 1700 um engenho já funcionava na descida da Serra da Cachoeira, produzindo açúcar e aguardente com mão-de-obra escrava.
O engenho era situado onde hoje temos o Parque Municipal e seu proprietário era o Capitão Manoel Correa Vasques. As terras de Cachoeira passaram por vários donos, até que foram parar nas mãos de Jerônimo José de Mesquita, o primeiro Barão de Mesquita, e, mais tarde, nas mãos de seu herdeiro, Jerônimo Roberto de Mesquita, que viria a ser o segundo Barão de Mesquita.
Em 1884, quando a Estrada de Ferro chegou às terras, a parada de trem passou a se chamar Barão de Mesquita. Nessa época as fazendas começaram a não dar mais lucros, principalmente por conta do Abolicionismo, e a fazenda da Cachoeira foi vendida e transformada em chácaras de plantio de laranjas. No início do século XX surgiram as olarias, atraídas pela qualidade do barro e por áreas alagadas da região.
Durante muitos anos a paisagem de Mesquita foi formada por laranjais, olarias e poucas residências. Por volta de 1940 a população atingia cerca de 9.109 mil habitantes, mas a decadência na produção de laranjas provocou a venda das chácaras e começaram a surgir os primeiros loteamentos, entre o pé da Serra e a ferrovia. Pouco a pouco as olarias também deram lugar aos loteamentos e, em 1950, a população triplicou para 28.835 mil habitantes.
No final da década de 1940 e início dos anos 50 começaram a se estabelecer, em Mesquita, fábricas que ajudaram a impulsionar a economia da região: BRASFERRO, metalúrgica de grande porte, a IBT, também metalúrgica e a PUMAR, indústria de sombrinhas. Começava o período de industrialização que iria empregar centenas de moradores mesquitenses.
Em 1999, após uma batalha judicial que envolveu o Comitê Pró-Emancipação, a Câmara de Vereadores e a Prefeitura de Nova Iguaçu, o Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro e o Supremo Tribunal Federal, este último decidiu pela emancipação de Mesquita do município de Nova Iguaçu.
Em 15 de setembro de 1999 é votado o Projeto de Lei da Emancipação e em 25 de setembro de 1999, o então governador Anthony Garotinho, sancionou a lei que cria o município de Mesquita.
As primeiras eleições da cidade ocorrem em 2000, saindo-se vitorioso José Montes Paixão, que fazia parte do Comitê pró-Emancipação. A cidade é instalada a 1.º de janeiro de 2001.
Geografia
O Parque Municipal de Nova Iguaçu é o primeiro geoparque do Rio de Janeiro. Este parque possui uma cratera vulcânica e tipos rochosos associados, além de remanescentes da Mata Atlântica. Mesquita também possui muitas cachoeiras e matas.
Localização
Mesquita limita-se com os municípios de: Nova Iguaçu, a norte; Nilópolis, a sul; Belford Roxo, a leste; São João de Meriti, a sudeste e Rio de Janeiro, a oeste.

Divisão administrativa

Bairros
• Centro
• Banco de Areia
• Chatuba
• Coreia
• Cosmorama
• Edson Passos
• Jacutinga
• Presidente Juscelino
• Rocha Sobrinho
• Santa Terezinha
• Santo Elias
• Vila Emil

Transporte

Os principais acessos rodiviários de Mesquita são: a Via Light, que corta o bairros de Jacutinga e Rocha Sobrinho e é a principal ligação com o subúrbio do Rio de Janeiro; e a Rodovia Presidente Dutra, principal ligação entre o município e a cidade do Rio de Janeiro.

Rodoviário

Linhas de ônibus
• Mirante/Vila Rica
• Transmil
• Nossa Senhora da Penha
• Nilopolitano
• Expresso São Francisco

Ferroviário

Mesquita é cortada pela ferrovia da Linha Japeri, que conecta a Central do Brasil e o município de Japeri, sendo servida por três estações:
• Édson Passos
• Mesquita
• Presidente Juscelino

Cultura

Carnaval

O carnaval de Mesquita, já foi considerado o melhor da Baixada Fluminense, é organizado principalmente na região do centro, mais precisamente no entorno da Praça Elizabeth Paixão. O município também possui vários blocos populares, além disso recentemente foi criada a escola de samba GRES Chatuba de Mesquita, cujas cores são o verde e o branco, em homenagem às cores oficiais da cidade.

Esportes

O Louzadão, casa do Mesquita Futebol Clube.

O principal esporte praticado em Mesquita é o futebol. Os principais clubes de futebol da cidade são o Mesquita Futebol Clube e a Associação Atlética Volantes, que disputam o Campeonato Carioca. O município também abriga dois estádios: o Estádio Niélsen Louzada e o Estádio Giulite Coutinho, este último também conhecido como Estádio de Edson Passos, que é a casa do América Futebol Clube.

sábado, 22 de maio de 2010

O escritor Rodrigo Queiróz fala sobre o livro O Roubo da Santa.

Reporter: O que é O Roubo da Santa?

RQ: O livro é uma declaração de amor à minha cidade e à minha gente. Embora eu morasse em Mesquita por 16 anos, foi só enquanto eu escrevia O Roubo da Santa que eu conheci Mesquita em toda sua totalidade.

Reporter: Como surgiu a idéia de escrever sobre um roubo?

RQ: Surgiu enquanto eu fazia minha própria peregrinação por minha cidade. Trabalhava como entregador e via as pessoas passando pelas ruas, contando suas histórias, sérias ou corriqueiras. Via os lugares, e dentro de minha cabeça a história começou a se formar. O que veio depois foram apenas os temperos para ilustrar o livro.

Reporter: Com 16 anos, voce se considera novo demais para começar uma carreira como romancista? Por que não escolheu outras carreiras como medicina, engenheiro...?

RQ: Quando temos um sonho fazemos o possível e o impossível para que ele possa se realizar. Ser escritor era meu caminho nessa vida, era aquilo que eu deveria fazer para ser feliz, embora essa idéia de felicidade seja falsa. O que veio antes foi um período de aprendizado onde tive que ler e ler muito. Ser escritor era meu sonho, e a cada dia eu transformo esse sonho em realidade. Agora, quanto a escolher outras profissões eu até poderia pensar no assunto, mas mesmo sendo médico, engenheiro ou advogado eu ainda assim seria escritor.E não me considero novo demais, existem pessoas que começam a escrever com 70 ou 90 anos; por que eu não poderia escrever com 16?

Reporter: Acha que há espaço para jovens escritores no Brasil?

RQ: É claro que sim. Hoje em dia, tanto no Brasil quanto em qualquer outro lugar do mundo, o espaço para que os jovens possam se expressar cresce a cada dia. Quanto a literatura não há muitos jovens, porque muitos estão interessados em música e em resolver problemas de relacionamentos e esquecem que existem as palavras, os sentimentos transformados em letras.

Reporter: E quanto aos personagens que compõem a narrativa do livro? Como foi criá-los?

RQ: Não foi difícil, pois a maioria dos personagens do livro são pessoas reais ou baseadas em pessoas reais, como é o caso de Dona Etelvina, mãe de santo conhecida em Mesquita, ou Padre Mariano (nome trocado), padre competente que faz das missas de domingo algo mais enriquecedor.

Reporter: Falando em missas, é verdade que não gosta de ir à igreja?

RQ: É verdade. Quando era criança eu ia à igreja porque era obrigado, conseqüentemente eu detestava. Depois de certo tempo, conforme fui adquirindo conhecimento sobre a história da igreja, aprendi que as coisas que eram ditas dentro dessas instituições são uma grande mentira inventada pelos homens. As igrejas se transformaram nas casas dos homens e não na casa de Deus.

Reporter: Então não acredita em Deus?

RQ: Muito pelo contrário. Acredito que exista um Deus, e que esse deus foi mascarado pelos homens. Acredito também na existência de outras forças espirituais tais como os orixás, os deuses egípcios, romanos, gregos, hindus, e uma infinidade de outros deuses, pois todos esses são uma manifestação de um só Deus.

Reporter: No livro voce coloca representantes de religiões diferentes em confronto.Como então fazer o leitor entender que precisamos de tolerância?

RQ: Uma correção. No livro eu não os coloco em confronto, pelo contrário. Eu os uno, para que juntos possam resgatar a santa. É justamente nas horas de aperto que as pessoas costumam se unir.

Reporter: É espírita?

RQ: Talvez voce tenha feito essa pergunta por eu ter usado como pano de fundo o culto aos orixás. Mas na verdade não tenho religião. Acredito na idéia de que Deus está em qualquer lugar, e não necessariamente numa igreja como tem sido imposto durante várias gerações.

Reporter: Em quanto tempo escreveu O Roubo da Santa?

RQ: Escrevi o livro em duas semanas. Queria escrever em menos, mas tive alguns imprevistos.

Reporter: Já tem idéias para um próximo livro?

RQ: No momento prefiro aproveitar cada momento bom que O Roubo da Santa poderá me dar. Mas não escondo que já comecei a fazer alguns rascunhos para um próximo romance.

Reporter: Pode adiantar alguma coisa?

RQ: Só que o livro falará sobre assuntos um pouco incômodos.

Reporter: Para finalizar, o que diria para os jovens que querem seguir seus sonhos.

RQ: Que nunca desistam. Para realizar seus sonhos precisamos de duas coisas: primeiro, precisamos de coragem, porque não podemos ter medo de errar; e segundo precisamos de perseverança, porque não podemos desistir.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Em Breve!

Este espaço será usado para divulgação e posts sobre o mais novo fenômeno literário. Aguarde novas informações.